A capacidade de reconhecer um indivíduo sem que ele se aperceba que está a ser analisado é uma das mais-valias dos sistemas biométricos baseados em reconhecimento facial. Basta pensar em aplicações desenvolvidas para efeitos de contra-terrorismo. No entanto, este tipo de tecnologia pode pôr em causa o direito à privacidade individual. É, portanto, essencial encontrar um meio-termo entre a privacidade dos cidadãos e os interesses organizacionais.
Esta tecnologia já se encontra implementada em diversas aplicações (Figura 1) e apresenta como principais vantagens:
Infelizmente, os sistemas biométricos de reconhecimento facial ainda apresentam várias desvantagens, tais como:
Ainda é necessário muito trabalho e desenvolvimento tecnológico para se conseguir obter uma ferramenta verdadeiramente viável para aplicações como contra-terrorismo e investigação criminal. Apesar do seu óbvio elevado potencial, esta tecnologia deve ser implementada com salvaguardas que permitam maximizar o aproveitamento desse potencial, minimizando a intrusão na privacidade individual.
Figura 1. Exemplos de aplicações que recorrem ao reconhecimento facial: a) Identificação de terroristas;
b) Controlo de acesso a aeroportos; c) Acesso computacional empresarial; d) Reconhecimento do condutor.
Texto compilado por J. M. Almeida e H. Bento, recursos humanos da Sinfic especializados em biometria.