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Relações de compromisso

Processamento Biométrico e Deduplicador


O sistema biométrico é responsável pelo processamento e comparação dos dados recolhidos. Continuando a ter como referência a recolha de dois tipos de dados biológicos que permitem a identificação baseada na medição de traços únicos de cada indivíduo - a fotografia e as impressões digitais - há a referir que estes dados são complementados na maior parte dos casos com os dados pessoais e de identificação de cada pessoa, nomeadamente morada e nome, entre outros.

A primeira fase do processamento biométrico é a criação de templates (ou minutiae) de impressões digitais. Estes templates são constituídos apenas por pontos de interesse da impressão digital. Após os templates serem gerados, pelo processo de deduplicação em modo de enroll, são armazenados numa base de dados dedicada ao processamento biométrico. Esta base de dados contém apenas os dados essenciais para serem processados e respectiva identificação dos templates, que os relaciona com os dados contidos na base de dados principal de indivíduos. Desta forma garante-se um melhor desempenho do sistema.

Impressões digitais

No processamento biométrico propriamente dito, o resultado das pesquisas biométricas é reflectido no ISB (Índice de Similaridade Biométrica) associado a cada par indivíduo analisado / indivíduo suspeito. Cada resultado da pesquisa é guardado como um processo, onde constam os dados do par indivíduo analisado / indivíduo suspeito e o índice de similaridade entre ambos.

No decorrer das fases de registo de indivíduos podem ocorrer algumas falhas ao nível de qualidade na recolha das impressões digitais (ou de outros dados biométricos). Consequentemente, um dos parâmetros definidos pela Sinfic na aplicação de registo tem a ver com a qualidade das amostras permitidas na recolha. Com este parâmetro procura-se criar um critério de qualidade obrigatório.

Contudo, há que ter em conta a situação concreta em que se efectua a recolha dos dados. Se o critério de qualidade for muito baixo, poderá permitir más recolhas. Pelo contrário, se o critério de qualidade for demasiado elevado, poderá acontecer que seja muito difícil ou impossível recolher determinados dados biométricos. Considerem-se, por exemplo, ambientes mais desfavorecidos e/ou de trabalhos de natureza mais física, em que as impressões digitais poderão não ser tão nítidas como em ambientes de trabalho mais intelectual.

É necessário procurar encontrar uma relação o mais perfeita possível quanto ao critério de qualidade, de modo a que os parâmetros definidos preencham com sucesso as expectativas em cada caso concreto.

Após a realização do processamento biométrico é necessário analisar os resultados obtidos e a forma como estes poderão ser utilizados. Algumas das conclusões a que se tem chegado na prática é que as impressões digitais de má qualidade dão origem a índices de similaridade elevados quando confrontadas com as impressões digitais de outros indivíduos. Estes índices de similaridade elevados colocaram alguns indivíduos na faixa dos suspeitos de terem sido alvo de duplo registo.

Há que ter em conta ainda a questão dos casos "Marlene", que dão origem a que vários cidadãos tenham as impressões digitais de um só indivíduo. Ou seja, biometricamente todos os indivíduos abrangidos nos casos "Marlene" seriam o mesmo indivíduo, o que normalmente se sabe não ser verdade. Nestes casos, costuma ser necessário colocar operadores a analisar os processos para confrontarem os dados. Para este trabalho é importante definir o índice de similaridade a partir do qual se irão disponibilizar os processos para a análise humana.

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