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Relações de compromisso

A Standardização no Reconhecimento da Face e as Avaliações do Governo dos Estados Unidos


A standardização é uma parte vital para os avanços no mercado e no estado da arte. Na realidade, tem sido feito muito trabalho a nível de organizações de standards nacionais e internacionais, de modo a facilitar a interoperabilidade e os formatos de intercâmbio de dados. Estes aspectos contribuirão para facilitar a melhoria tecnológica numa plataforma standardizada.
 
Os ANSI/INCITS (M1) 385-2004 e ISO SC37 19794-5 Face Recognition Data Interchange Format são os principais standards de reconhecimento da face e consideram o exame humano detalhado das imagens de faces, a verificação humana da identidade, e a identificação e verificação automatizadas da face. Estes standards permitem a interoperabilidade entre fornecedores de tecnologia de reconhecimento da face.

Os standards estabeleceram uma imagem frontal definida e estão divididos em subsecções que consideram imagens frontais completas e imagens token. Uma imagem frontal completa é definida como uma imagem dentro de cinco graus a partir do centro. Uma imagem token é definida pela localização dos olhos.

Estes standards ignoram outras imagens (como as de semi-perfil e vagas), mas asseguram que as imagens registadas têm um padrão de qualidade necessário, tanto para o reconhecimento automatizado da face, como para a inspecção humana de imagens de faces. Continua-se a trabalhar para actualizar os standards tendo em vista os dados de faces 3D. O ANSI NIST ITL 1-2000 também está a ser actualizado para incluir mais/melhor informação para as imagens de faces Type-10.

Existe igualmente trabalho relacionado a nível internacional para fornecer orientações aos fotógrafos sobre a forma de capturar melhor as imagens de faces para o reconhecimento automatizado. Estes standards facilitam ainda a utilização da informação da face em aplicações que tenham capacidades de armazenamento limitadas (por exemplo, passaportes, vistos, cartas de condução?).

Outros standards, como o INCITS 398-2005 Common Biometric Exchange Formats Framework (CBEFF), lidam especificamente com os elementos de dados utilizados para descrever os dados biométricos de forma comum. A INCITS 358-2002 BioAPI Specification define a Application Programming Interface e a Service Provider Interface para uma interface de tecnologia biométrica standard.

Avaliações do governo dos Estados Unidos

O governo dos Estados Unidos tem realizado múltiplas avaliações para determinar as capacidades e limitações do reconhecimento da face e para encorajar e orientar desenvolvimentos futuros. A FacE REcognition Technology (FERET) Evaluation, patrocinada entre 1993 e 1997 pela Defense Advanced Research Products Agency (DARPA), representou um esforço para encorajar o desenvolvimento de algoritmos e tecnologia de reconhecimento da face, através da avaliação de protótipos de sistemas para esse fim. Como resultado, reconhece-se que a avaliação FERET impeliu a evolução do reconhecimento facial da sua infância para o surgimento de um mercado de produtos comerciais.

  • Quanto ao Face Recognition Vendor Tests (FRVT), foi realizado em 2000 e 2002, ficando na altura planeado outro para 2006. Estas avaliações foram construídas com base na FERET e coincidiram com a disponibilização comercial generalizada de produtos para o reconhecimento facial. O FRVT 2000 teve dois objectivos:
  • Avaliar as capacidades dos sistemas de reconhecimento facial comercialmente disponíveis;
  • Educar a comunidade biométrica e o público em geral sobre a forma de apresentar e analisar adequadamente os resultados.

O FRVT 2002 foi concebido para medir o progresso técnico desde 2000, para avaliar o desempenho em bases de dados reais de grande dimensão, e para introduzir novas experimentações a fim de compreender melhor o desempenho do reconhecimento da face. Os testes de 2002 incluíram experimentações com marcos de erro, mostrando a variação no desempenho com o intercâmbio de imagens similares. Os resultados chave do FRVT 2002 foram os seguintes:

  • Dada uma razoável iluminação interior controlada, o estado da arte corrente (em 2002) no reconhecimento da face era de 90 por cento de verificações, com um rácio de um por cento de resultados falsos.
  • A utilização de modelos morphable (que mapeiam uma imagem 2D numa grelha 3D, tentanto assim resolver o problema da iluminação e da variação de postura) pode melhorar significativamente o reconhecimento de face não frontal.
  • O desempenho da visualização de listas diminui com o aumento do tamanho da galeria de imagens. O desempenho quando se utilizam listas mais pequenas é melhor do que quando se utilizam listas maiores.
  • Nas aplicações do reconhecimento facial, têm que se efectuar alguns ajustes em função da informação demográfica, dado que as características (por exemplo, idade e sexo) podem afectar significativamente o desempenho.

O objectivo do Face Recognition Grand Challenge (FRGC) - passo seguinte no processo de desenvolvimento e avaliação do governo dos Estados Unidos - consistiu na promoção e no avanço da tecnologia de reconhecimento facial concebida para suportar os esforços do governo daquele país nesta área. Tentou assim desenvolver novas técnicas de reconhecimento da face e desenvolver protótipos capazes de melhorar o desempenho.

Baseado num documento com o título "Face Recognition", publicado pelo NSTC (National Science and Technology Council) Subcommittee on Biometrics.
 

Produzido em 2008

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