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A Tecnologia RFID na Automatização de Processos


A sigla RFID (identificação por rádio frequência) permite identificar sistemas para identificação e seguimento de objectos, quer ao nível local, quer a nível global, utilizando etiquetas ou tags RFID. O RFID é uma das várias tecnologias conhecidas como Auto-ID. Ou seja, procedimentos para identificar objectos automaticamente, respondendo a várias lacunas dos sistemas de TI que foram superadas pela entrada de dados manual.

As empresas estão a implementar cada vez mais procedimentos de recolha de dados de forma automática na área de logística, normalmente através de código de barras. As soluções de RFID ultrapassam normalmente as fronteiras da própria empresa e são integradas em vários sistemas de informação.

A tecnologia RFID já é utilizado em vários domínios da nossa vida quotidiana, como o fecho central de veículos, passes sociais em transportes públicos, processos logísticos, identificação de animais domésticos e para abate, etc. As funcionalidades da RFID estão agora a ser integradas nos passaportes e irá estar presente em cartões de identificação públicos. No entanto, ainda estamos a alguns anos de distância até que bens de grande consumo - garrafas e outros pequenos artigos de supermercados - sejam equipados com etiquetas RFID.

O que se tornou realidade é a utilização de etiquetas ou tags RFID por várias empresas industriais na gestão de contentores na área da produção e na logística para a identificação de paletes e embalagens na cadeia de logística. Até ao momento, estas aplicações industriais contribuíram significativamente para a melhoria de tais processos, embora raramente sejam objecto de um debate público, pelo que muitas áreas ainda não reconheceram as vantagens da RFID nos produtos de grande consumo. Contudo, em muitos sectores do mercado, a tecnologia RFID tende a substituir os códigos de barras.

Muito se tem escrito nos últimos anos sobre a forma como a tecnologia RFID afectará a cadeia de logística, com base nas experiências na área de logística das cadeias Metro Group (Alemanha), Tesco (Reino Unido), e Wall Mart (Estados Unidos). A impressão actual é que grande parte destas empresas estão prestes a equipar todos os seus produtos com etiquetas RFID, automatizando totalmente o processo de logística e permitindo aos seus clientes registar as suas próprias mercadorias.

Alguns fabricantes de produtos de grande consumo estão actualmente a colocar etiquetas RFID em embalagens e paletes, em conjunto com a utilização do convencional código de barras, a fim de ambos os processos poderem ser utilizados em complementaridade. Este nível deverá tornar-se cada vez mais generalizado na área de logística nos próximos anos.

A maioria das aplicações RFID implementadas actualmente são em processos internos, onde as mesmas etiquetas são reutilizadas dentro da organização ou empresa. Um exemplo seria em processos de controlo de produção e logística, bibliotecas para o empréstimo de livros, ou nas áreas de activos e gestão documental. A cadeia de logística de produtos de grande consumo opera normalmente em sistemas com etiquetas na embalagem, que são descartados no final, juntamente com as etiquetas RFID.

Com o valor das etiquetas RFID a situar-se actualmente entre 10 e 30 cêntimos, a codificação de produtos de grande consumo ainda não é uma opção economicamente viável. Recorde-se que alguns produtos de grande consumo têm preços semelhantes aos referidos atrás. As paletes e contentores com etiquetas RFID são uma prática mais utilizada, com os seus dados a serem actualizados continuamente quando o seu conteúdo é reutilizado. Como tal, podem ser utilizadas etiquetas RFID mais caras sem colocar em causa a sua viabilidade económica.

As etiquetas RFID também podem ser usadas para peças. Uma vez instaladas no equipamento, aviões ou veículos, as tags podem ficar na peça e permitir que as mesmas sejam identificadas a qualquer momento. Poderão ser armazenados dados adicionais nas tags e ser consultados a qualquer momento. Por exemplo, podemos pensar em dados sobre a instalação, ciclo de vida, ou ciclo de manutenção.
 
Produzido em 2008

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