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Relações de compromisso

Factores de Impedimento da Inovação



Também foi considerado pelo quarto Inquérito Comunitário à Inovação o grau de importância de determinados factores que podem ter contribuído para dificultar os projectos e actividades de inovação, ou que podem ter influenciado a tomada de decisão de não inovar. Para a apresentação destes indicadores separaram-se as respostas das empresas com actividades de inovação das empresas sem actividades de inovação.

Nas empresas com actividades de inovação

Entre os factores de impedimento das actividades de inovação, por grau de importância atribuído pelas empresas com actividades de inovação, no período de 2002-2004 em Portugal, destacam-se os que se seguem:

  • As empresas com actividades de inovação apontaram três factores associados ao conhecimento (falta de informação sobre tecnologia e sobre os mercados, e falta de pessoal qualificado) como os principais obstáculos ao desenvolvimento dessas actividades - 34 por cento, 31 por cento e 25 por cento destas empresas, respectivamente, atribuíram-lhes importância alta.
  • Os factores económicos - como a falta de financiamento de fontes externas, os custos com a inovação demasiado altos e a insuficiência de capitais próprios - foram os obstáculos menos frequentemente apontados pelas empresas com actividades de inovação como sendo de importância alta (15 por cento, 10 por cento e 14 por cento, respectivamente).
  • O obstáculo mais citado com algum grau de importância (alto, médio, ou baixo) refere-se aos "custos com a inovação demasiado elevados" (cerca de 79 por cento das empresas com actividades de inovação).
  • Cerca de metade das empresas com actividades de inovação consideraram que não foi relevante para a tomada de decisão de não inovar o facto de existirem inovações introduzidas anteriormente ou o facto de não existir procura/mercado para as inovações.

Nas empresas sem actividades de inovação

As empresas sem actividades de inovação apresentam um padrão da importância atribuída aos obstáculos da inovação muito semelhante ao das empresas com actividades de inovação. Apenas ao factor "falta de financiamento de fontes externas" é atribuída maior importância no grupo das que não inovaram.

As empresas sem actividades de inovação consideraram, tal como as empresas com actividades de inovação, que os principais obstáculos à inovação foram a falta de informação sobre tecnologia e sobre os mercados, e a falta de pessoal qualificado (29 por cento, 29 por cento e 21 por cento destas empresas, respectivamente, atribuíram importância alta a estes factores).

Os factores económicos (custos com a inovação demasiado altos, insuficiência de capitais próprios e falta de financiamento de fontes externas) foram novamente os menos citados como sendo de importância alta (oito por cento, 13 por cento e 16 por cento das empresas sem actividades de inovação, respectivamente).

A dificuldade em encontrar parceiros de cooperação para a inovação foi o factor mais citado como não relevante (43 por cento das empresas sem actividades de inovação), seguido-se a falta de financiamento de fontes externas (37 por cento).

O facto de já existirem inovações anteriores ou a inexistência de procura/mercado para as inovações teve algum grau de importância (alta, média ou baixa) na decisão de não inovar para cerca de 60 por cento das empresas sem actividades de inovação. As restantes consideraram que estes factores não foram relevantes.

Baseado no documento "Inovação em Portugal 2002-2004: Principais Resultados do 4.º Inquérito Comunitário à Inovação - CIS4", publicado pelo OCES (Observatório da Ciência e do Ensino Superior) em Janeiro 2007.

Produzido em 2007

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