É um facto inegável que a informação, enquanto recurso crítico para o negócio das organizações, necessita de ser adequadamente protegida, independentemente do formato em que se encontra, quer esteja escrita em papel, em formato electrónico ou na mente dos colaboradores, comunicada oral ou visualmente.
Quando esta se encontra em formato electrónico, as infra-estruturas de tecnologias de informação que lhe servem de suporte devem ser igualmente alvo de protecção adequada, uma vez que poderão colocar em causa uma ou mais das dimensões indispensáveis à garantia da segurança da informação: a sua confidencialidade, a sua integridade e/ou a sua disponibilidade.
Essa protecção poderá mais facilmente ser atingida se a gestão desses serviços de TI se basear num modelo por processos, sendo estes especificamente desenhados em função da realidade das infra-estruturas e do negócio da organização e, se possível, adoptando práticas comprovadas internacionalmente.
A norma britânica BS15000 foi o primeiro referencial adoptado internacionalmente a ser desenvolvido com uma orientação para Gestão de Serviços TI (IT Service Management). Esta norma descreve um conjunto integrado de processos de gestão que possibilitam a entrega eficaz de serviços, quer à organização, quer aos seus clientes, estando alinhada com a abordagem por processos definida na ITIL (IT Infrastructure Library).
As duas partes constituintes deste referencial (e da actual ISO 20000), são as seguintes:
Neste sentido, será de inegável utilidade para as organizações que pretendam uma certificação em segurança da informação (ISO/IEC 27001), a análise e implementação do estipulado na BS15000. Como mero exemplo, com uma infra-estrutura de TI a ser gerida de acordo com este referencial, poderão ser identificadas mais facilmente as fases críticas dos processos que potencialmente possuem impacto significativo a nível da segurança da informação, possibilitando a selecção dos controlos mais adequados da BS7799 para mitigação dos riscos então identificados.
Produzido em 2006