Maturidade na Capacidade de Medi��o - O Modelo CMMI como Linha Orientadora

O modelo de capacita��o e maturidade de processos de engenharia de software e sistemas CMMI (Capability Maturity Model Integration) do Software Engineering Institute (SEI) fornece um guia de orienta��o na evolu��o de um programa de medi��o para a melhoria de processos associados a sistemas e/ou software.

��
No modelo CMMI pode-se encontrar a seguinte distribui��o de �reas de processo por categorias de �reas de processo (representa��o cont�nua) e por n�veis de maturidade (representa��o segmentada), estando assinaladas as �reas de processo com maior relev�ncia na medi��o dos processos de desenvolvimento de software e sistemas (ver quadro).�
�

Neste artigo iremos descrever algumas considera��es associadas aos processos do n�vel 2 da representa��o segmentada do modelo CMMI, isto �, as �reas de processo de Planeamento de Projecto e Medi��o e An�lise.

Planeamento de projecto

Esta �rea de processo tem por finalidade estabelecer e manter os planos que definem as actividades do projecto. Associado a esta �rea de processo encontramos o seguinte objectivo espec�fico:

Objectivo Espec�fico 1: Estabelecer Estimativas

As estimativas (m�tricas � priori, identificando expectativas no que respeita a atributos do plano de projecto) associadas a atributos de planeamento do projecto s�o estabelecidas e mantidas.

O estabelecimento de estimativas envolve actividades como:

a) Estimar o �mbito do Projecto. Estabelecer uma WBS (Work Breakdown Structure) de alto n�vel, de forma a estimar o �mbito do projecto.

b) Estabelecer Estimativas dos Atributos dos Produtos de Trabalho e das Tarefas (abordagem t�cnica, dimens�o e complexidade das tarefas e dos produtos de trabalho, modelos de estima��o, estimativas dos atributos).

Como exemplos de medidas, poderemos ter:

N�mero de fun��es;
Linhas de c�digo;
Pontos de fun��o;
N�mero de classes e objectos;
N�mero de requisitos;
N�mero de interfaces;
N�mero de p�ginas;
N�mero de inputs e outputs;
N�mero de riscos t�cnicos;
Volume de dados.

c) Determinar Estimativas de Esfor�o e Custo. Estimar o esfor�o e o custo do projecto para os produtos de trabalho e tarefas baseadas num m�todo de estima��o pr�-estabelecido.

Medi��o e an�lise

Esta �rea de processo, tem por finalidade desenvolver e sustentar a capacidade de medi��o que � utilizada para suportar as necessidades de gest�o de informa��o. Uma iniciativa de medi��o envolve o seguinte:

Especificar os objectivos de medi��o e an�lise de forma a estarem alinhados com informa��o necess�ria e objectivos de neg�cio;
Definir as medidas que ir�o ser utilizadas, os processos de recolha de dados, os mecanismos de armazenamento, os processos de an�lise e, os processos de produ��o e emiss�o de relat�rios e de feedback;
Implementar a recolha, armazenamento, an�lise e apresenta��o da informa��o;
Providenciar resultados objectivos que podem ser utilizados na tomada de decis�es de neg�cio e s�o tomadas as ac��es correctivas apropriadas.
Ao desenvolvermos actividades associada � medi��o e an�lise, h� que ter em conta as seguintes considera��es:

a) Estabelecer Objectivos de Medi��o

Documentar a finalidade de cada medi��o e an�lise;
Especificar o tipo de ac��es que dever� ser tomada, tendo por base os resultados dos dados analisados;
Colocar continuamente a seguinte quest�o: qual o valor desta medida;
Envolver os utilizadores finais das medidas;
Manter a rastreabilidade entre os objectivos estabelecidos na defini��o da medida e a informa��o necess�ria e os objectivos de neg�cio.

b) Especificar Medi��es

Identificar medi��es candidatas, baseadas nos objectivos documentados e refinar em medidas quantitativas;
Definir a forma como os dados podem e ir�o ser derivados a partir de outras medidas. Por exemplo: densidade de defeitos, abrang�ncia de peer reviews?;

c) Especificar Recolha de Dados e Procedimentos de Armazenamento

Especificar a forma como recolher e armazenar os dados para cada medida requerida: tornar especifica��es expl�citas de como, quando e onde os dados ser�o recolhidos;
Desenvolver procedimentos que assegurem que os dados recolhidos s�o v�lidos; assegurar que os dados armazenados s�o facilmente acedidos, pesquisados e restaurados sempre que necess�rio.

d) Especificar Procedimentos de An�lise

Definir os procedimentos de an�lise;
Assegurar que os resultados transmitidos s�o facilmente compreendidos e interpretados.

e) Recolher Dados de Medi��o

Recolher os dados de medi��o como definido;
Gerar dados para as medidas derivadas;
Desempenhar verifica��es de integridade, o mais pr�ximo poss�vel dos dados de origem.

f) Analisar os Dados de Medi��o

Conduzir an�lises iniciais;
Interpretar os resultados e tirar conclus�es preliminares a partir de um determinado crit�rio;
Conduzir medi��es e an�lises adicionais, de forma a obter confian�a nos resultados;
Rever os resultados iniciais com todos os envolvidos (stakeholders);
Melhorar as defini��es, procedimentos de recolha de dados, e t�cnicas de an�lise, de forma a assegurar resultados significativos que suportem os objectivos de neg�cio.

g) Armazenar os Dados de Medi��o e os Resultados da An�lise

A informa��o armazenada dever� conter ou referenciar informa��o necess�ria para a compreens�o das medidas; para avaliar a sua aplicabilidade; e para providenciar contexto suficiente para a interpreta��o dos dados, crit�rio de medi��o e resultados de an�lise.

h) Comunicar os Resultados de Medi��o

Manter os envolvidos actualizados de forma peri�dica relativamente aos resultados das medi��es;
Prestar assist�ncia aos envolvidos relevantes (referenciados no plano do projecto) para a compreens�o e interpreta��o dos resultados das medi��es.

i) Estabelecer Grupo de Medi��o e An�lise

Considerar a cria��o de um grupo de trabalho de medi��o, respons�vel pelo suporte das actividades de medi��o e an�lise de m�ltiplos projectos.

j) Incorporar Ferramentas de Medi��o e An�lise

Incorporar ferramentas utilizadas no desempenho de actividades de medi��o e an�lise, tais como: packages estat�sticos, de gr�ficos e de base de dados; folhas de c�lculo; packages que suportem a recolha de dados via rede e Internet.

Exemplos de medidas b�sicas

Apresenta-se de seguida uma lista de poss�veis medidas base a recolher ao longo do ciclo de vida dos projectos:

Tamanho e/ou complexidade estimada (um n�vel relativo de dificuldade ou complexidade dever� ser atribu�do a cada atributo de tamanho);
Exemplos de atributos para estimar sistemas: n�mero de portas l�gicas, n�mero de interfaces.
Exemplos de medi��es de tamanho para software: pontos de fun��o, linhas de c�digo (LOC), n�mero de requisitos.
Determinar o esfor�o e o custo, utilizando dados hist�ricos ou modelos de estima��o;
Estabelecer o calend�rio dos projectos, com base em estima��es de tamanho e complexidade;
Identificar riscos associados com o custo, recursos, calend�rio e aspectos t�cnicos do projecto;
Comparar os milestones actuais completados versus os comprometimentos estabelecidos.
Monitorar comprometimentos e depend�ncias cr�ticas versus os documentados no plano do projecto;
Rastrear problemas/defeitos (aberto/fechado por produto/actividade);

Exemplos de medidas associadas � efectividade dos processos

� necess�rio assegurar que seguimos os processos definidos e que seremos capazes de determinar se os processos est�o a funcionar como o esperado. Estas medi��es permitem-nos responder � seguinte quest�o: "qu�o bem est� a trabalhar o processo?" Alguns exemplos, associados � gest�o de requisitos, poder�o ser:

N�mero de pedidos de altera��o por m�s, comparados com os n�meros iniciais de requisitos num projecto;
Tempo despendido na altera��o de requisitos.

Produzido em 2006

�

Topo

Agenda

Destaques