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Relações de compromisso

Relação Coso e Cobit


Paradigma de Relação Entre Objectivos de Negócio e Objectivos de SI/TI Segundo Uma Abordagem a Processos

As palavras chaves do paradigma de relação entre objectivos de negócio e objectivos de SI/TI (sistemas de informação/tecnologias de informação) são as seguintes: objectivos, riscos, factores críticos de sucesso, processos, clientes (interno e externo) e comunicação.
 
Só é possível relacionar objectivos de SI/TI com objectivos de negócio de forma efectiva se estiverem reunidas cumulativamente as seguintes condições:

  • Existe uma cultura orientada a processos (ou pretende-se que venha a existir), quer do lado do negócio, quer do lado dos SI/TI;
  • São conhecidos os clientes e as suas expectativas (internos e externos);
  • São conhecidos os "inputs" e os "output" dos processos;
  • Existe uma estratégia de negócio e uma estratégia de SI/TI alinhadas; " Ambas as estratégias são comunicadas


Precisamos de saber quais os recursos (tecnológicos; humanos e de logística) necessários para que o alinhamento entre requisitos de negócio (traduzidos em objectivos) e as entregas dos processos de SI/TI, satisfaçam os requisitos e respondam às expectativas dos clientes (também do lado do negócio). Para que este ciclo funcione, as entregas resultantes dos processos de SI/TI devem cumprir, segundo o COBIT, os critérios de avaliação da informação, nomeadamente qualidade, fidedignidade e segurança.


Por um lado, o COSO promove uma reflexão centrada nos objectivos de negócio, nos riscos e na relação que deve existir entre risco e objectivos. Isto é, na definição dos objectivos devemos ter em conta o risco associado ao cumprimento de cada objectivo, analisá-lo e depois decidir se estamos disponíveis para aceitá-lo. Deve-se reformular o objectivo se o risco associado for inaceitável.


Este exercício, alargado à organização e aos seus processos, bem como a definição dos objectivos enquadrados com a grelha que os classifica (estratégicos, operacionais, de relatório e de conformidade), confere a quem o executa, uma solidez de argumentação que se traduz na credibilização da sua aplicabilidade no dia a dia das operações das organizações.


Por outro lado, o COBIT ajuda os responsáveis das organizações a sistematizarem os seus processos e a implementarem práticas de controlo do seu desempenho (governação dos SI/TI), desempenho este, também analisado segundo uma abordagem de análise de risco, isto é, numa relação de dependência entre objectivos e riscos aceitáveis.


A conjugação do negócio com os SI/TI revela-se, na prática, de difícil concretização. Em determinados casos, até podem tornar-se factores promotores de divisão de visões e de cisão clara entre comportamentos e práticas divisionistas.


A ponte entre estas duas realidades (que é desejável que exista), passa pelo reconhecimento de objectivos comuns, compostos por objectivos de negócio e de SI/TI, suportados por processos e pela existência de um planeamento estratégico de SI/TI, enquanto plataforma de entendimento, de comunicação e de consolidação de visões e de rumos. Com esta partilha, é possível determinar o quanto os SI/TI, por lado, podem condicionar o desenvolvimento do negócio e, por conseguinte se for esta a realidade, deverão ser prescritas e conduzidas as iniciativas adequadas no sentido de quebrar essas barreiras e, por outro lado, determinar o quanto aqueles, constituem pilares de alavancagem desse mesmo desenvolvimento.


Nos sectores de actividade e nas empresas onde existe uma grande incorporação de tecnologia nos processos de negócio, ou em que a especificação e configuração dos produtos que vendem tem uma forte componente de informação, é onde mais se justifica a definição de objectivos de SI/TI relacionáveis com os objectivos de negócio. Como exemplos, podemos referir os sectores das telecomunicações, da banca e dos seguros, entre outros.

Produzido em 2005


 

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