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Relações de compromisso

As Alianças Estratégicas São Cada Vez Mais Importantes para as Organizações


Os CFOs (Chief Financial Officers) estão a considerar cada vez mais as alianças estratégicas como uma das principais ferramentas de crescimento, preferindo-as às fusões e aquisições. Esta tendência irá acentuar-se ainda mais nos próximos anos, segundo um estudo de mercado da PricewaterhouseCoopers de 2004. O crescimento das receitas, o controlo dos custos e a partilha do risco são os aspectos chave que determinam a preferência pelas alianças estratégicas.

Segundo a informação divulgada pela PricewaterhouseCoopers, mais do que nunca, as empresas estão basear-se em alianças estratégicas com outras empresas para atingirem os seus objectivos de negócio, utilizando-as como alternativa ao maior risco inerente às fusões e às aquisições. O inquérito realizado pela PricewaterhouseCoopers junto dos executivos financeiros seniores chegou às seguintes conclusões:

  • A tendência das alianças é bastante forte. Cerca de dois terços dos respondentes estavam em 2004 mais preparados para o estabelecimento de alianças do que há três anos antes. Este entusiasmo está a crescer mesmo em sectores como as grandes organizações farmacêuticas e de tecnologia, que já compreenderam há bastante tempo o valor estratégico das alianças.
  • Muitos CFOs optam pela alianças - em vez das fusões, aquisições e crescimento interno - para concretizarem as suas estratégias. Uma percentagem de 25 por cento dos respondentes afirmaram esperar que as alianças serão muito mais importantes do que as fusões e aquisições dentro de três anos (o inquérito foi realizado em 2004). Apesar desta percentagem de respondentes apontar para o futuro, 16 por cento afirmaram que as alianças já eram importantes em 2004.
  • O crescimento é actualmente a principal razão para a constituição de alianças. Uma esmagadora percentagem (80 por cento) dos executivos mais receptivos às alianças estratégicas durante os últimos três anos, referiram que a necessidade de novas fontes de crescimento foi a principal razão para o estabelecimento de parcerias. A percentagem daqueles que afirmaram recorrer às alianças sobretudo para cortarem custos foi de 56 por cento. A partilha do risco, a maior agilidade, o desenvolvimento de novos produtos e o acesso a novos canais de distribuição e a novas áreas geográficas foram outros aspectos citados pelos inquiridos.

 
Importância crescente das alianças estratégicas
face às fusões e aquisições.


Na opinião de Donna Coallier, da PricewaterhouseCoopers, as empresas estão a utilizar cada vez mais as alianças porque lhes podem abrir a porta para novas oportunidades de negócio, com menor custo, maior rapidez e menor risco do que as tradicionais aquisições, fusões, ou iniciativas de crescimento interno. Cerca de metade dos executivos seniores inquiridos afirmaram que as alianças já eram vitais para o seu negócio em 2004. No entanto, essa percentagem subiu para 65 por cento quando se considerou um horizonte temporal de três anos.

Apesar da compreensão e da utilização das alianças estar claramente a crescer, existem algumas dificuldades na concretização de alianças bem sucedidas. Mais de metade dos respondentes, ou não sabiam se as suas alianças estavam a cumprir os seus objectivos de desempenho, ou admitiram que o sucesso bafejou menos de 50 por cento dessas alianças. Quando lhes foi perguntada a razão do fracasso das alianças, os CFOs referiram causas como o desempenho financeiro, as alterações de estratégia, aspectos relacionados com a gestão/governância, conflitos de cultura, ou a saúde financeira do parceiro (ver gráfico).

No entanto, segundo Coallier, as empresas podem mitigar muitos destes riscos através de um planeamento cuidado, de um bom conhecimento dos parceiros e de uma monitorização vigilante das parcerias. Outros aspectos determinantes para o sucesso das alianças estratégicas é a definição de objectivos claros, a existência de um forte compromisso por parte da gestão sénior das empresas parceiras e a compatibilidade cultural.

 
Principais problemas apontados para o fim das alianças estratégicas.

O estudo da PricewaterhouseCoopers também apurou que os CFOs acreditam num maior envolvimento na formação de alianças e que procuram três coisas importantes:

  • Envolvimento imediato. Mais de dois terços dos respondentes querem desempenhar um papel mais importante na avaliação das principais propostas de aliança do que na simples monitorização do desempenho das alianças.
  • Avaliação cuidada. Comparativamente às fusões e aquisições, 61 por cento dos respondentes afirmaram que dedicam tanto ou mais tempo à avaliação das alianças. Por sua vez, 54 por cento dedicam tanto ou mais tempo a avaliar as questões contratuais.
  • Estruturas lineares. Os CFOs preferem os acordos contratuais (em detrimento de novas joint ventures), uma vez que são mais fáceis de gerir e disponibilizam maior flexibilidade e controlo.

Produzido em 2005

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