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Relações de compromisso

Justo Valor - Retorno do Investimento em CPM


As organizações devem ser capazes de avaliar cuidadosamente o caminho da mudança, sustentando-o em pilares de aprendizagem, por forma a atingirem performances elevadas e desempenhos de excelência. O retorno do investimento necessário à mudança deve ser antecipadamente ponderado.

Os recursos são escassos, pelo que as organizações não podem desperdiçar dinheiro (como aconteceu na transição do milénio com a febre do "bug informático"). Qualquer investimento deve ser equacionado numa óptica de retorno. Só assim as organizações podem, de forma sustentada e continuada, criar valor.

O objectivo estratégico do CPM é instituir um ambiente estável que permita a criação sustentada e contínua de valor. Pensar em CPM obriga ao alinhamento descendente (top down), olhando para o longo prazo. Deve ser pensado tendo em vista toda a organização, mas não é necessário, no início, contemplar todo o negócio.

Pode-se começar por áreas consideradas estratégicas (vendas, finanças, logística, recursos humanos, marketing, unidades estratégicas de negócios...). Este tipo de abordagem é a chave para o sucesso, pois a implementação de CPM em áreas estratégicas traduz-se num processo de mudança alinhado e sustentado, cujos resultados servirão de catalisadores em implementações futuras.

O CPM requer alinhamento e equilíbrio (balanced) entre os objectivos de longo prazo e as metas de curto prazo, entre as estratégias corporativas e os planos de negócio e de acção, entre os ciclos de planeamento e os ciclos de desempenho. O CPM assenta em processos de negócio, pelo que é fundamental eliminar os constrangimentos detectados e perceber quais são os processos críticos onde a organização precisa de atingir a excelência para obter de forma permanente a sua sustentabilidade. Começando por áreas específicas, facilmente se pode medir, de forma tangível, o retorno do investimento e propagar o sucesso às restantes partes da organização.

Durante algum tempo, o retorno do investimento em tecnologias da informação (TI) foi medido pela melhoria proporcionada nos processos operacionais (processamento de facturas, registo de reclamações, melhoria no planeamento de produção...), que se traduzia em benefícios operacionais e na consequente redução de custos - logo, crescimento das margens de lucro. Esta era a visão tradicional do ROI associada aos investimentos de TI.

Hoje, o que se pretende é medir a performance ao nível dos processos de gestão (e não ao nível dos processos operacionais). Ajudar as organizações a estabelecer a ligação entre as iniciativas e os objectivos são as premissas do CPM.

A gestão e monitorização do desempenho faz parte do DNA das organizações actuais. Quando está suportado em soluções de CPM - que sistematicamente possibilitam todo o ciclo de gestão em toda a organização, traduzido no alinhamento entre as pessoas, a informação e os processos de tomada de decisão ao longo de todo o ciclo de gestão - o retorno é enorme.

As actividades que consistem em planear, orçamentar, reportar, analisar, gerir riscos, monitorizar desempenhos, etc., devem ser efectuadas em articulação entre si, mas também com a estratégia corporativa. Desta forma, todos compreendem a estratégia da organização, mas têm também uma visão clara de como cada um, nas suas actividades diárias, contribui para a performance do negócio num processo de melhoria contínua.

Nos processos de melhoria contínua, o retorno do investimento também é contínuo. Não é calculável no imediato, mas é necessariamente muito elevado. Corresponde ao justo valor do incremento obtido no desempenho organizacional.

Quanto custa a uma marca de água mineral a perda de um consumidor que passa a optar por outra marca? O que lhe custa não é o valor de uma garrafa de água não consumida. É antes o valor correspondente às garrafas de água que seriam consumidas durante o resto da vida desse consumidor. O custo não é calculável no imediato, mas é necessariamente muito elevado.

E à sua organização quanto lhe custa um investimento orientado à mudança? E qual é o seu retorno? E quanto lhe custa não fazer um investimento orientado à mudança?

Produzido em 2005

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