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Relações de compromisso

Universidade Aberta: Uma Universidade Vocacionada para o Ensino Não Presencial


Universidade Aberta

A Universidade Aberta, na qualidade de universidade pública de ensino não presencial, divulga os seus cursos utilizando os seguintes meios: rádio broadcast (programas divulgados pela Rádio Renascença) televisão broadcast (programas divulgados pela RTP, RTP-i, RTP África e RTP 2), videoconferências por RDIS e via Internet.

O material de apoio fornecido aos estudantes são nos formatos escrito, cassetes de áudio, cassetes VHS, CDs e DVDs. Com o advento da Internet, a Universidade Aberta não poderia alhear-se do seu papel no objectivo a que se propôs, na circunstância o ensino à distância, isto é, ensino não presencial. Assim procurou tirar partido dessa ferramenta fundamental de comunicação a nível planetário. De forma faseada e sustentada, veio integrar no restante tipo de ensino não presencial que já vinha praticando o ensino online, ou seja, conteúdos veiculados pela Internet.

Razões da integração do ensino online

Como se sabe, a questão essencial no ensino consiste em privilegiar a pedagogia nos conteúdos educacionais e evitar materiais baseados em textos sequenciais e em exercícios. A pedagogia é a chave fundamental e essencial na feitura de conteúdos. Os suportes e os softwares ainda estão em desenvolvimento de forma a reconhecer o papel fundamental da pedagogia. Requer-se uma mudança de cultura, tanto a nível institucional como individual, para se prover a este objectivo.

Há que evitar a tendência (na feitura de tecnologia para o e-learning) de imitar paradigmas como, por exemplo, a "aula electrónica". Muitos conteúdos são distribuídos através da Internet e não criados para o e-learning. A nova realidade consiste em inventar uma linguagem que permita adaptar o processo de criação às novas tecnologias.

Na implementação do ensino online (e-learning), há que ter em atenção que os conteúdos educacionais também devem ser atractivos. Deve-se escrever de uma forma para o material impresso e de outra forma para o material online. No caso do e-learning, os conteúdos não deverão ser longos, devendo-se antes privilegiar a interactividade "tutor/alunos" e "alunos/alunos".

O papel de animação é muito importante através de fóruns, chats e do correio electrónico. Neste tipo de ensino, a simples leitura não é suficiente para a aprendizagem, sendo que os próprios estudantes deverão contribuir activamente para a criação de conteúdos. A ferramenta do e-learning é a adequada para harmonizar a laboração e as actividades de aprendizagem, já que é reconhecido que a aprendizagem deverá ser parte intrínseca dos diversos processos de laboração.

O processo de e-learning consiste na criação, partilha e reutilização de conteúdos. Cada formando deverá poder vir a ser um autor. O processo de transferência de conhecimentos deverá ser dinâmico, onde os estudantes não deverão ser meros receptores passivos, não havendo a tradicional relação do modelo de ensino baseado na hierarquia de conhecimento - com o tutor na posição de detentor único de conhecimento e o estudante como mero consumidor de informação.

Pelo contrário, deverá promover-se a interactividade. Esta tarefa encontra-se actualmente facilitada, uma vez que os estudantes desta era têm muitos conhecimentos na utilização das novas tecnologias. O objectivo último é transformar a Web num espaço verdadeiramente interactivo.

Opção pela plataforma

Tendo em consideração todos os aspectos referidos atrás, a Universidade Aberta, após consulta ao mercado, adquiriu a plataforma de ensino online Intralearn, fornecida pela Sinfic. Face às plataformas disponibilizadas no mercado, esta era a que oferecia as melhores condições de custo/benefício e oferecia garantias de satisfazer tecnologicamente o almejado na construção e disponibilização de conteúdos programáticos online. Realça-se ainda o facto de não haver limitações no número de cursos a alojar, nem limitação ao número de acessos por parte dos formandos.

As dificuldades actuais dizem respeito à disponibilização dos cursos em locais onde não existe acesso à Internet, nomeadamente nos Países de Expressão em Língua Portuguesa, uma vez que não possuem uma cobertura exaustiva das suas redes nacionais de telecomunicações. Para resolver esta questão, num futuro próximo procederemos à aquisição das ferramentas adequadas que permitam a importação dos diversos cursos para um formato que seja portátil. Atendendo ao facto do software Intralearn ser compatível com a norma SCORM, este procedimento é perfeitamente exequível.

Entrevista efectuada a Carlos Garez, coordenador do Sector Técnico da Universidade Aberta.

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