Na figura que se segue, encontra-se ilustrado o road map metodológico utilizado na concretização da análise de risco associada aos processos de gestão e de governação dos SI/TI do Departamento de Sistemas de Informação da TDM (Telecomunicações de Moçambique). De forma necessariamente sucinta, são descritos os seus principais passos.
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1. DESI 1: Arranque do Projecto. Consiste num conjunto de actividades com o objectivo de obter uma descrição geral do projecto, bem como obter a descrição detalhada da sua execução, enquanto documento que define o plano relativo ao seu desenvolvimento. Em simultâneo, são identificados os requisitos de informação relevantes, bem como normas e regulamentos internos aplicáveis ao caso concreto.
2. DESI 2: Definição do enquadramento estratégico de negócio e da estrutura organizacional, visando obter um contexto onde os processos negócio se cruzam com os processos de SI/TI e os objectivos que os SI/TI devem definir e respeitar, por forma a que os processos de negócio satisfaçam os objectivos a que estão associados.
3. DESI 3: Obtido o enquadramento estratégico e os respectivos processos de negócio, concretiza-se a definição do catálogo dos processos de gestão e de governação dos SI/TI. Para o efeito, recorre-se ao referencial internacional COBIT, obtendo-se por comparação das boas práticas, uma avaliação "as-is" por comparação ao modelo de referência. Nesta iniciativa, obtém-se assim o âmbito dos processos que mais se adequam à realidade do dia a dia da organização.
4. DESI 4: Tendo como base, por um lado, o modelo de referência COBIT e, por outro, o catálogo de processos que respondem às necessidades identificadas, procede-se à auditoria de governação, que incide em três planos distintos: (1) no plano da formalização e das evidências da realização dos processos; (2) no plano da cobertura dos processos e extensão de implementação dentro da organização; (3) no plano do nível de maturidade que os mesmos apresentam face aos critérios de classificação de acordo com o referencial CMMI.
A metodologia usada abrange quatro domínios principais:
Cada domínio, que por sua vez se encontra estruturado em processos e actividades, é analisado de acordo com os seguintes requisitos de avaliação da informação:
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Cada domínio também é analisado de acordo com os seguintes requisitos de avaliação de recursos de informação: (1) pessoas e "skills"; (2) sistemas aplicacionais; (3) tecnologia; (4) instalações; (5) dados. Sempre que aplicável, é efectuada uma análise de conformidade ao nível de confidencialidade, integridade e disponibilidade, desses activos informacionais, aplicando os critérios propostos pelo standard mundial ISO/IEC 17799.
5. DESI 5: Execução da auditoria em segurança da informação, que é regida pelo exposto na norma britânica com reconhecimento internacional, BS7799-2, a qual tem como finalidade a verificação da implantação de controlos (127, no mínimo) específicos para a segurança da informação crítica de negócio, abrangendo áreas distintas especificadas no referencial internacional de excelência em boas práticas de segurança da informação ISO/IEC 17799. Para o efeito, concretiza-se todo um conjunto de iniciativas, tais como, por exemplo: (1) preparação da auditoria; (2) elaboração do plano de auditoria; (3) recolha, selecção e estudo de informação; (4) realização do diagnóstico de vulnerabilidades e; (5) elaboração do respectivo relatório.
6. DESI 6: Concretiza-se a análise de risco dos processos de SI/TI, incluindo a definição das principais variáveis e parâmetros no âmbito de BPI (Business Process Improvement). Para o efeito, baseamo-nos no modelo de referência proposto pelo COSO e concretizamos uma grelha que relaciona entidades de análise, relacionadas entre si, conforme a seguir se descreve:
7. DESI 7: Reúnem-se todos os elementos relevantes produzidos e fundamentados em sede das etapas anteriores, por forma a elaborar o Plano de Desenvolvimento da Estratégia dos SI/TIC a concretizar no curto, médio e longo prazos. Este plano, será desenvolvido de acordo com as prioridades apercebidas no momento da sua concretização e terá como base de referência de enquadramento para o seu desenvolvimento a "framework" proposta por McFarlan (posicionamento das soluções SI/TIC definidas em quatro quadrantes, com as seguintes designações: alto potencial; estratégico; operações críticas para o negócio; operações de suporte.
Efectuado o estudo de análise de risco dos processos de SI/TI do departamento de informática da TDM (Telecomunicações de Moçambique) havia que agrupar e ordenar, segundo critérios de curto, médio e longo prazos, todo um conjunto de "findings"e de recomendações associadas aos riscos e factores críticos de sucesso determinados. A abordagem teve como base um enquadramento escalonado em camadas de níveis de abstracção, nomeadamente, as seguintes (conforme ilustrado na figura):
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Assim, enquanto princípios de curto prazo, numa perspectiva de medidas correctivas, foram considerados os seguintes fundamentos, conforme apresentados na figura que se segue.
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Na sequência, foram detalhados aspectos para cada uma das camadas atrás identificadas. Esta sequência apresenta-se nos passos seguintes, segundo as camadas atrás referidas.
Visão 1:
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Visão 2:
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Visão 3:
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Visão 4:
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As soluções prescritas enquadradas nas visões apresentadas, apresentaram-se também agrupadas como pilares do desenvolvimento organizacional de curto prazo (processos, tecnologias e pessoas), atendendo, em simultâneo, à necessidade de assegurar o desenvolvimento de longo prazo rumo ao capital intelectual (enfoque no capital humano, capital cliente; capital estrutural.
Assegurar este caminho significa a implementação de um conjunto de processos no âmbito da gestão do planeamento estratégico, conforme se ilustra na figura abaixo.