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Relações de compromisso

Sinfic: do Desenvolvimento de Competências à Criação de Conhecimento


Eng. Luís Nobre - Administrador da SINFIC

A Sinfic é uma empresa internacional privada que actua na área dos sistemas e tecnologias de informação. Nasceu juridicamente como uma software-house em 1990, tendo como projecto inicial o desenvolvimento de um sistema integrado de gestão (ERP) em tecnologia Unix/Informix destinado ao segmento das médias empresas portuguesas. Actualmente, a Sinfic é uma das 15 maiores empresas prestadoras de serviços no mercado das tecnologias de informação em Portugal e actua nos mercados português, angolano e moçambicano.

O Contexto

A grande diversificação da actividade da Sinfic ao longo dos anos conferiu-lhe uma forte orientação para o capital intelectual. Este facto está bem patente nas mais de 5000 horas de formação e nas mais de 30 certificações por ano, em média. De facto, desde 1990 até aos nossos dias, a Sinfic percorreu um longo caminho evolutivo.

Os 20 colaboradores desses primeiros tempos deram lugar a cerca de 120 actualmente. Por sua vez, a orientação inicial para o desenvolvimento e implementação de sistemas integrados de gestão está actualmente transformada numa realidade completamente diferente, envolvendo mais de dezena e meia de unidades estratégias de negócio e quase uma dezena de unidades de suporte (ver caixa).

A operacionalização da estratégia da Sinfic é efectuada pelas suas unidades estratégicas de negócio (UEN), o que permite aos seus gestores o controlo total sobre as cadeias de valor que proporcionam. Garante-se, desta forma, um elevado grau de flexibilidade, de rapidez e de qualidade na resposta aos clientes. A estrutura organizacional em UEN também assegura o alinhamento dos interesses dos gestores de cada unidade de negócio com o estabelecimento de verdadeiras relações de parceria com os seus clientes.

Cada unidade de negócio está centrada num núcleo de competências tecnológicas e de soluções de negócio, garantindo aos clientes a competitividade e a qualidade dos serviços prestados. A orientação para a qualidade levou a Sinfic a enveredar pelo processo de certificação ISO 9001:2000, que concluiu em Agosto de 2004.

A missão assumida pela Sinfic consiste em "colocar as tecnologias de informação, gestão e qualidade ao serviço e no reforço da competitividade e flexibilidade das organizações".

A Necessidade

A Sinfic é actualmente uma empresa que presta serviços na área das novas tecnologias, desde o desenvolvimento de software à integração de sistemas, passando ainda pelos serviços de consultoria e pela formação num leque alargado de competências. Face a esta frente bastante alargada de abordagem do mercado e à natureza altamente dinâmica da indústria em que actua, a gestão de competências e, sobretudo, a criação constante de novas competências é uma questão incontornável e vital para a sobrevivência da empresa.

Neste contexto, a Sinfic evoluiu de uma simples estratégia de criação de competências para outra mais abrangente e geradora de valor acrescentado. Adicionalmente à necessidade constante de dotar os seus recursos humanos de novas competências, pretende que estes se tornem em geradores de conhecimento. O ciclo de gestão de competências transforma-se assim numa espiral de geração de conhecimento, que serve tanto o público interno da empresa, como o público externo.

A Solução

A Sinfic preocupa-se com a gestão de competências desde a sua fundação. E não se pode dizer que tenha sido uma opção. Foi antes uma necessidade. No mercado das tecnologias de informação, onde se verifica um ritmo acelerado de inovação e consequente necessidade de renovação de competências, a gestão desta vertente é um aspecto crítico.

Com a evolução da empresa ao longo dos anos, a gestão de competências assumiu contornos ainda mais críticos, dado que a estratégia da empresa assenta essencialmente na inovação e na geração de competências. Na altura do nascimento da Sinfic, o mercado das tecnologias da informação era dominado pelas grandes consultoras, que tinham "fábricas de competências".

Como a dimensão da Sinfic não lhe permitia esse tipo de atitude, resolveu transformar uma aparente dificuldade numa oportunidade de mercado. Adoptou assim um modelo organizacional baseado em unidades de negócio, de modo a poder ser mais ágil e a responder ao mercado com maior rapidez. A gestão de competências assumiu assim, desde muito cedo, uma orientação muito focalizada nas unidades de negócio.

Compete a cada unidade de negócio (mais concretamente ao seu gestor) gerir as competências no âmbito da sua unidade. Esta descentralização da gestão de competências tornou-a uma tarefa mais próxima e orientada para o negócio. Se considerarmos que as unidades de negócio da Sinfic já estão organizadas por competências (e não por sectores de mercado), os gestores de negócio têm que ter a preocupação de se munirem das competências necessárias para responderem às necessidades do seu negócio.

A ideia é que a gestão de competências (aquisição e/ou renovação) seja efectuada de forma equilibrada com o negócio a curto e médio prazo. A orientação da Sinfic para trabalhar com os clientes a médio e longo prazo - preferindo-a à orientação para a venda pontual - também facilita o planeamento da gestão de competências.

Apesar desta orientação micro (da responsabilidade de cada unidade de negócios), existe complementarmente uma visão mais macro (global à empresa) da gestão de competências. Desta forma, Luis Nobre, administrador da Sinfic, sublinhou que existe actualmente a preocupação de tornar mais explícito o ciclo de planeamento de competências. Existe assim para cada colaborador da Sinfic um plano de desenvolvimento de competências, negociado anualmente com cada indivíduo.

Paralelamente, a administração tem tomado algumas iniciativas de desenvolvimento de competências a nível central. Inseriram-se nesta lógica algumas acções de formação, abrangentes a toda a empresa, em metodologias de referência internacional, como o CMM (Capability Maturity Model), o SPICE (Software Process Improvement and Capability dEtermination) - também conhecido como norma ISO/IEC TR 15504 - e o Sistema de Gestão da Qualidade.

Nos últimos dois anos, a Sinfic tem procurado aliar o desenvolvimento de competências com o desenvolvimento de conteúdos e colocar ambas as entregas ao serviço do negócio. Enquanto que no passado o desenvolvimento de competências tinha a ver essencialmente com a certificações tecnológicas dos recursos humanos, actualmente a empresa procura complementar essa vertente com a criação de conhecimento (através da produção de conteúdos).

O que isto quer dizer é que o ciclo de competências começava quando o recurso humano iniciava uma acção de formação/certificação e terminava com a conclusão da mesma (normalmente através de um exame). A eficácia dessa formação era medida apenas no contexto das unidades de negócio e dos projectos em que esse recurso era envolvido.

Actualmente, mais do que a certificação, a Sinfic tem procurado envolver os colaboradores na criação de conteúdos. Desta forma para além dos objectivos estabelecidos no plano de desenvolvimento de competências, cada colaborador estabelece também um plano de desenvolvimento de conteúdos, onde se estabelece o compromisso do colaborador na elaboração de um conjunto de conteúdos que serão disponibilizados ao serviço da unidade estratégica de negócio em que o colaborador se insere.

No fundo, pretende ir um passo além, passando do desenvolvimento de competências para a criação de conhecimento. O ciclo inicial fica assim bastante mais alargado, uma vez que o desenvolvimento de competências gera conhecimento que, por sua vez, vai servir a comunidade (interna e externa), dando origem a novos desenvolvimentos de competência e a mais geração de conhecimento.

Dado que os conteúdos também certificam as competências, este modelo acaba por se traduzir na potenciação do negócio da Sinfic, através da criação de notoriedade e da transferência de conhecimento (frequentemente indutor de negócio) para o mercado. Por outro lado, os custos marginais vão diminuindo ao longo da cadeia de valor de cada recurso humano.

Por exemplo, suponhamos um investimento num recurso humano para obter uma certificação. As competências adquiridas com essa acção de formação são posteriormente aproveitadas para a sua actividade normal na unidade de negócio, para a geração de conteúdos (que vão criar competências noutros indivíduos, a nível interno e externo), para a criação de recursos didácticos (utilizados em acções de formação internas e externas), para a elaboração de propostas, para a edição de newsletters, para a participação em seminários e/ou workshops, etc.

O investimento inicial acaba por se diluir ao longo da cadeia e o custo de determinadas acções de geração de conhecimento passa a ser marginal. Esta "fábrica de geração de conhecimento" transforma saberes inicialmente caros em conhecimento a baixo custo. A própria materialização das competências de um recurso humano em todas estas variantes acabará por impulsionar o indivíduo a adquirir novas competências e a transformar o ciclo de aquisição de competências numa espiral evolutiva de geração de conhecimento.

Outra vantagem desta espiral de conhecimento é a diminuição do risco do negócio, através da gestão e "solidificação" do conhecimento. Com a materialização das competências individuais em conhecimento explícito (através dos conteúdos, por exemplo), o risco inerente à perda de um recurso humano é muito menor, dado que uma grande parte das suas competências ficam ao alcance de outros, e não encerradas apenas no seu cérebro.

Com esta estratégia, a Sinfic concretiza o seu objectivo de se manter constantemente na linha da frente tecnológica, acompanhando (e transferindo para os seus clientes) o que de mais avançado se vai fazendo em todo o mundo na área das tecnologias da informação.

A Sinfic está estruturada organizacionalmente em unidades estratégicas de negócio (UEN) e unidade de suporte ao negócio, que disponibilizam serviços de apoio às UEN. Cada unidade de negócio está centrada num núcleo de competências tecnológicas e de soluções de negócio, garantindo aos clientes a competitividade e a qualidade dos serviços que presta.

Unidades Estratégicas de Negócio

  • Engenharia Organizacional e Sistemas de Informação;
  • Engenharia de Processos e Implementação de Sistemas;
  • Corporate Project Solutions;
  • Internet Development;
  • Sistemas & Aplicações;
  • Business Intelligence;
  • E-learning;
  • Hipermédia;
  • Concepção e Desenvolvimento de Produtos;
  • Engenharia de Software;
  • Segurança da Informação;
  • Outsourcing;
  • Projectos Especiais;
  • Parcerias;
  • Distribuição de Software;
  • Mobile Solutions;
  • Negócios África.

Unidades de Suporte ao Negócio

  • Formação & Desenvolvimento
  • Recrutamento e Selecção
  • Projectos Globais
  • Marketing;
  • Administrativa e Contabilística
  • Financeira e Risco
  • Infra-estrutura
  • Gestão da Qualidade.


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